LISBOA, ONDE ESTÁ VOCÊ?
Eram quase onze horas e eu te via no meio da
multidão de Lisboa.
Disputei com carros o espaço, cruzei a avenida em movimento,
Toquei o ombro da garota que eu acreditei ser você, não era!
A pessoa foi tomada pelo espanto, do toque do estranho do meio da multidão.
Como pode não ser você? Pensei eu na frustração do momento,
O mesmo jeito no cabelo e nas costas um violão.
Deixa-a ir, fechei os olhos e te imaginei na linda Recife,
Campo harmônico de dó maior sendo cavalgado por você,
E uma melodia cirânica, praieira e envolvente de La Belle de Jour,
Seus dedos pareciam feitos para as cordas,
O violão deve ser apaixonado por você, tenho inveja dele que sente tocado enquanto você o abraça, é quase um rival para mim.
Talvez você não saiba, mas Alceu juntou várias mulheres para criar a canção hino da feminilidade das praias nordestinas, mas ele só precisava ter olhado para você.
Senti então gotas de água em minha face, e era chuva de outono que chegava.
Perguntei-me onde estaria você, o que faz durante a tarde, e se no meio dos sorrisos de crianças ainda encontra-se?
Eu nem te conheço direito, só faz 100 anos que a gente se conversa, mas eu sinto que é tão pouco e esperava que fosse um pouquinho mais.
Lembra-te daquela tarde em Olinda? Que linda que você estava...
Cantavam aquele frevo que você mais gostava aquele mesmo que falava que brincávamos escondendo a dor, foi mágico ver-te no meio das serpentinas, eram tanto brilho, tanto sons e tantas cores que me parecia que o céu havia deitado sobre a terra e as estrelas eram as pessoas.
Neste instante abri os olhos e sem perceber eu estava todo molhado da chuva, é incrível como você me faz sonhar e viajar até você, saindo do meio de tudo e no meio do nado, até você, é meu coração que sai pelas ruas em busca do teu sorriso, dos teus olhos apertadinhos, tua voz, teu cheiro... Buscando você. Comecei a caminhar e sorri na triste Lisboa de Brás Cubas, por que me convenci de que a luz do meu carinho vai um dia te encontrar.
Disputei com carros o espaço, cruzei a avenida em movimento,
Toquei o ombro da garota que eu acreditei ser você, não era!
A pessoa foi tomada pelo espanto, do toque do estranho do meio da multidão.
Como pode não ser você? Pensei eu na frustração do momento,
O mesmo jeito no cabelo e nas costas um violão.
Deixa-a ir, fechei os olhos e te imaginei na linda Recife,
Campo harmônico de dó maior sendo cavalgado por você,
E uma melodia cirânica, praieira e envolvente de La Belle de Jour,
Seus dedos pareciam feitos para as cordas,
O violão deve ser apaixonado por você, tenho inveja dele que sente tocado enquanto você o abraça, é quase um rival para mim.
Talvez você não saiba, mas Alceu juntou várias mulheres para criar a canção hino da feminilidade das praias nordestinas, mas ele só precisava ter olhado para você.
Senti então gotas de água em minha face, e era chuva de outono que chegava.
Perguntei-me onde estaria você, o que faz durante a tarde, e se no meio dos sorrisos de crianças ainda encontra-se?
Eu nem te conheço direito, só faz 100 anos que a gente se conversa, mas eu sinto que é tão pouco e esperava que fosse um pouquinho mais.
Lembra-te daquela tarde em Olinda? Que linda que você estava...
Cantavam aquele frevo que você mais gostava aquele mesmo que falava que brincávamos escondendo a dor, foi mágico ver-te no meio das serpentinas, eram tanto brilho, tanto sons e tantas cores que me parecia que o céu havia deitado sobre a terra e as estrelas eram as pessoas.
Neste instante abri os olhos e sem perceber eu estava todo molhado da chuva, é incrível como você me faz sonhar e viajar até você, saindo do meio de tudo e no meio do nado, até você, é meu coração que sai pelas ruas em busca do teu sorriso, dos teus olhos apertadinhos, tua voz, teu cheiro... Buscando você. Comecei a caminhar e sorri na triste Lisboa de Brás Cubas, por que me convenci de que a luz do meu carinho vai um dia te encontrar.
Diêgo Feghalli
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